quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Escolas de Futsal: Formação de atletas ou de Individuos para a vida?




Encontrei este artigo num dos muitos blogues sobre a formação do jovem atleta...

"Ao longo dos meus cerca de dez anos de experiência como Treinador de Futsal, quase sempre trabalhei com formação, imaginando formar bons atletas, quem sabe um dia atletas profissionais, mas logo deparei que nas minhas equipas de futsal quem participava eram essencialmente crianças e adolescentes, que estavam ali para ter o prazer de praticar um jogo, de brincar, sorrir e de fazer novas amizades....

Após muitas trocas de experiências com vários treinadores e outro dinamizadores da modalidade, e com alguma leitura avulsa, cheguei à conclusão que tinha que usar o futsal com ferramenta para ajudar na formação do cidadão e não só visando a competição. Das crianças e jovens que trabalharam comigo na iniciação, três ou quatro praticam o futsal em forma de competição até hoje. Os demais, são hoje estudantes superiores ou profissionais de outras áreas como: professores, médicos, advogados, contabilistas ou técnicos das diferentes áreas, enfim, várias profissões que usam ou usaram o futsal apenas como melhoria da sua qualidade de vida.O que quero dizer com isso, e que nós, técnicos de formação em futsal não devemos nos preocupar somente em formar atletas de qualidade e sim trabalhar o bem estar, o carácter, as qualidades necessárias para que o nosso atleta seja um cidadão alegre e cheio de vontade de praticar o futsal, seja ele como profissional ou como mero desporto preferido para praticar nas suas horas vagas.Quando um miúdo deixa de participar nos treinos de futsal, logo achamos que ele não gosta de jogar, mas isso é um erro nosso. Devemos fazer uma reflexão da maneira que trabalhamos com esse atleta e não transferir a responsabilidade para ele próprio por ter parado de praticar futsal. O meu maior resultado na formação, e aquele que mais me orgulho, não é um qualquer índice estatístico positivo ao nível dos resultantes, mas sim o índice baixíssimo de atletas que deixam de praticar o desporto que tanto gostam.


Os factores psicológicos de motivação, são essenciais no trabalho com jovens. Talvez os miúdos cheguem com muita vontade de jogar futsal, divertindo-se, e não de iniciar um treino visando somente os resultados ao fim-de-semana. As crianças e os adolescentes não têm estrutura física e psicológica para aceitar regras muito rigorosas, devemos fazer dos nossos treinos de futsal, uma recreação, com treinos diversificados, com normas e regras prazerosas, que façam com que o atleta corra, chute, drible, ganhe, perca, mas que tenha sempre vontade de voltar no dia seguinte.....Acho que o maior beneficio é manter a criança em actividade e não nos resultados alcançados.Por isso o meu trabalho é, hoje, muito direccionado na formação de um cidadão. E que o futsal esteja sempre presente em sua vida, como profissão, desporto preferido ou como uma simples paixão."

Autor: Leandro Soares (Treinador Futsal)


Ainda bem que existem pessoas com este pensamento ao qual eu subscrevo...

Há que reflectir bastante....

2 comentários:

  1. Professor, sou de Guaira,Paraná,Brasil
    esse artigo foi inscrito por mim,por favor
    coloque meu nome, muito obrigado

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  2. Professor Ronildo Luiz Morra30 de outubro de 2011 às 14:33

    quando voce copiar um artigo voce cite o autor desse artigo como o colega q citou o mesmo artigo o fez



    ESCOLAS DE FUTSAL - FORMAÇÃO DE ATLETAS OU DE INDIVÍDUOS PARA A VIDA.

    Prof. Ronildo Luiz Morra
    Publicado em 27 de fevereiro de 2007

    Ao longo dos meus dezesseis anos de experiência como professor de Educação Física, sempre trabalhei em escola de futsal, (COFRACARMO), imaginando formar atletas profissionais, mas logo consegui ver que na minha escola de futsal quem participava eram crianças, que estavam ali para ter o prazer de praticar o jogo, de brincar, sorrir e de fazer novas amizades.

    Com muitas trocas de experiências com vários profissionais da área e de outras áreas, com muitos cursos e muita leitura cheguei à conclusão que tinha que usar o futsal para ajudar na formação do cidadão e não só visando a competição. Das crianças que trabalharam comigo na iniciação, três ou quatro praticam o futsal em forma de competição até hoje. Os demais, hoje são profissionais de outras áreas como: Dentista, Professor, Juiz de Direto, Farmacêutico, Engenheiro, Advogado, enfim, várias profissões que usam o futsal como qualidade de vida.

    O que quero dizer com isso, e que nós, profissionais da Educação Física não devemos nos preocupar em somente em formar atletas profissionais e sim trabalhar o bem estar, o caráter, as qualidades necessárias para que o nosso aluno seja um cidadão alegre e cheio de vontade de praticar o futsal, seja ele como profissional ou como esporte preferido em suas horas vagas. .

    Quando uma criança deixa de participar das aulas de futsal, logo achamos que ele não gosta de jogar, mas isso é um erro nosso. Devemos fazer uma reflexão da maneira que trabalhamos com essa criança e não transferir a responsabilidade por ter parado de praticar.

    Talvez ela chegue com muita vontade de brincar de futsal, e não de iniciar um treino visando somente resultados. A criança não tem estrutura física e psicológica para aceitar regras rigorosas, devemos fazer das nossas aulas de futsal, uma recreação com normas e regras prazerosas, que façam com que a criança corra, chute, drible, ganhe, perca, mas que tenha vontade de voltar no dia seguinte.

    Também tenho conhecimento do outro lado que o sistema (colégio escolas estaduais e privadas, associações) querem resultados, achando que isso vai trazer algum benefícios para seu estabelecimento.

    Acho que o maior beneficio é manter a criança em atividade e não nos resultados alcançados

    Por isso hoje o meu trabalho é direcionado a formação de um cidadão. E que o futsal esteja sempre presente em sua vida, como profissão, esporte preferido ou como paixão

    Escrito por Marco Bruno às 16h43
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